Vopak dispensa ‘gato’ e operário não recebe

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8 de junho de 2015

 

A Vopak Brasil SA, fundada em 1974, intitula-se uma das maiores operadoras de terminais de líquidos e liquefeitos, com receita anual de R$ 100 milhões. Em Santos, fica no bairro Alemôa. O Grupo Vetor L. Mathias, por sua vez, alega, em seu site, dominar o segmento de fabricação e montagem de tanques. Fundado em 1987, ele foi dispensado pela Vopak em 15 de maio. empresa principal diz que a terceirizada não cumpriu prazos para construção de quatro tanques e que não a quer mais em seu terminal da Avenida Vereador Alfredo das Neves, 1055, fone 3295-1000. O resultado dessa revogação de contrato é que os 80 trabalhadores da empreiteira foram demitidos. Pior: não receberam os direitos trabalhistas das rescisões contratuais. Diante disso, o sindicato dos trabalhadores na construção civil, montagem e manutenção industrial (Sintracomos) fez uma assembleia com os operários, na manhã de segunda-feira (1º), na porta da empresa.

Mar, rocha e marisco

Após a reunião, organizada pelo vice-presidente do sindicato, Luiz Carlos de Andrade, os trabalhadores decidiram recorrer ao ministério do trabalho e emprego (MTE).  Segundo o sindicalista, a empreiteira argumenta não ter recebido R$ 1 milhão e 800 que a Vopak estaria lhe devendo. A empresa, por sua vez, nega qualquer dívida com a terceirizada. “Assim, na briga do mar com a rocha”, pondera Luiz Carlos, “o marisco acaba se dando mal. O sindicato e os trabalhadores não aceitam. Vamos brigar até a última instância”. De início, o escritório local do MTE marcou mesa-redonda entre o sindicato, a empreiteira e a empresa para as 11 horas de segunda-feira (8), na Praça José Bonifácio, 53, Centro de Santos.

Viola, pão e bolor

O presidente do sindicato, Macaé Marcos Braz de Oliveira, lamenta a postura das duas empresas: “Fazem um jogo de empurra, transferindo responsabilidades, enquanto os trabalhadores ficam sem os direitos”. “Por fora, bela viola, por dentro, pão bolorento”, diz Macaé, referindo-se aos sites das duas empresas, “onde tudo é colorido, bonito e positivo. Os operários que o digam”.  Atualização Joca Diniz. Texto Paulo Passos. Foto Vespasiano Rocha.