Na RPBC, estão parados 4 mil operários da Tomé

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4 de abril de 2014

Refinaria da Petrobras

Na manhã desta sexta-feira (4), às 7 horas, categoria tem assembleia na portaria 1 da refinaria de Cubatão Cerca de 4 mil empregados da empreiteira Tomé, a serviço da Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC Petrobrás), estão em greve desde a manhã desta quinta-feira (3). Eles provavelmente prosseguirão parados, nesta sexta (4), após a assembleia marcada para as 7 horas da manhã, na portaria 1 da refinaria, onde fica o cruzeiro da cidade. “Motivos é que não faltam”, diz o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem de Manutenção Industrial (Sintracomos), Macaé Marcos Braz de Oliveira. “Vão desde erros constantes nos holerites, passam por filas cansativas de até 600 pessoas e chegam aos sanitários imundos, fossas rasas e malcheirosas”, diz o sindicalista. Segundo ele, muita gente fica sem entender os códigos dos holerites e as empreiteiras não têm pessoas capacitadas para esclarecê-los. “Já houve holerite ‘zero zero’, o que causou grande revolta no pessoal”. “As filas são insuportáveis. É fila pra ndo.” Ele reclama que os refeitórios são pequenos patudo. Fila pra ir ao banheiro, para almoçar, para entrar e sair da área. Na hora do almoço, a fila chega a demorar 45 minutos, obrigando o trabalhador a comer correra tanta gente e as áreas de vivência determinadas pela norma regulamentadora 18, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), “simplesmente não existem”. “Após as refeições, as pessoas não têm onde descansar um pouquinho. Ao contrário, têm que enfrentar mais filas, se quiserem ir ao banheiro. O que é isso? Uma indústria ou um campo de concentração?”  “Os companheiros reclamam, mas não são ouvidos. Permanecem de pé, nos pátios, de manhã, quando chegam, esperando o transporte interno, e à tarde, na hora de ir embora.” “Nos ônibus, também esperam um tempão para que eles saiam, e acabam se atrasando para as aulas noturnas de cursos que muitos frequentam. Ou simplesmente deixam de ficar mais tempo com familiares e amigos.” O sindicalista alerta para a falta de condições de evacuação da empresa em necessidade de saída urgente. “Se acontecer um acidente grave, ele pode ser agravado pelos acessos estreitos para tanta gente”. Texto Paulo Passos. Foto Vespasiano Rocha. Atualização Joca Diniz.