Sem acordo, operários devem protestar até sexta-feira na Vila Nova
15 de abril de 2015
Os 64 funcionários que estão desde às 6 horas desta quarta-feira (15) em frente às quatro torres de 20 andares da construtora PDG no bairro Vila Nova, em Santos, vão continuar, pelo menos até sexta (17), impedindo a continuação das obras de outras empreiteiras no local. Os trabalhadores protestam contra a suposta falta de pagamento da empreiteira Schahin Engenharia, contratada pela incorporadora PDG, que demitiu os trabalhadores, no último dia 2 e até o momento não pagou as rescisões. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sintracomos), entre os demitidos também estão os funcionários do setor de Recursos Humanos. A Reportagem apurou que o prazo limite para o pagamento das rescisões era o último dia 13. A empresa pediu aos trabalhadores que esperassem até o dia 24 para o pagamento, mas a categoria não aceitou e aguarda nova negociação. A manifestação que ocorre em frente ao edifício da Rua Silva Jardim, 166, é pacífico. No local, funciona dois prédios residenciais e dois comerciais. Após a definição do protesto, o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Luiz Carlos de Andrade procurou o representante da PDG, mas, segundo ele, as reclamações não foram ouvidas. “A empreiteira simplesmente sumiu”, comentou. Luiz Carlos disse que requereu à empreiteira e à empresa os chamados ‘espelhos’ das quitações rescisórias, as ‘chaves de conectividade’ previdenciária e os recibos de recolhimentos dos encargos sociais. Segundo ele, a empresa, por sua vez, pediu mais dez dias para saldar as rescisões. O prazo foi rechaçado pelo sindicalista. “Os companheiros têm compromissos, contas a pagar e precisam da carteira de trabalho”. Ele adverte que os trabalhadores só sairão do prédio quando receberem as verbas rescisórias, acrescidas de um salário nominal, pelo atraso das quitações, como prevê o acordo coletivo de trabalho. Resposta