Pessoal da Codesavi continua em greve

12 de novembro de 2015

 

Em assembleia na manhã desta quinta-feira (12), os trabalhadores da companhia de desenvolvimento de São Vicente (Codesavi), vinculada à prefeitura, decidiram continuar em greve. Os 1.250 empregados da empresa de economia mista começaram a paralisação na terça-feira (10). Na assembleia de hoje (12), eles duvidaram das promessas de solução dos problemas trabalhistas. Apesar da empresa ter anunciado ontem (4ª-feira, 11) o depósito dos salários de 950 trabalhadores, para liberação hoje (12), e do tíquete alimentação para uma parte deles, a assembleia decidiu continuar em greve. Isso por não acreditar na promessa de regularização do plano de saúde, odontológico e do tíquete-alimentação até o final de novembro. Os benefícios estão suspensos desde outubro.  Outro problema que a empresa prometeu resolver ainda neste mês, mas que a assembleia não acreditou, é o salário atrasado há quatro meses de 300 empregados comissionados.  Estão paralisados os serviços de varrição de praias, passeios, ruas, avenidas, praças, limpeza de canais, galerias pluviais, recolhimento de entulhos, cata trecos, tapa buracos e reparos em equipamentos municipais. A categoria protesta ainda contra a suspensão dos depósitos do fundo de garantia (fgts), de parcelas do empréstimo consignado e liberação do Pis Pasep.  Às 18 horas de hoje (12), a diretoria do sindicato dos trabalhadores na construção civil (Sintracomos) e dezenas de grevistas estarão na câmara municipal, detalhando o assunto aos vereadores. A assembleia desta sexta-feira será, como nos dias anteriores, na base operacional da Codesavi, mais conhecida por ‘fábrica’, na esquina das avenidas Mascarenhas de Morais e Nações Unidas, Vila Margarida.

MTE e MPT

Na quarta-feira da semana passada (4), o sindicato denunciou a empresa ao ministério público do trabalho (MPT), por apropriação indébita de descontos feitos em folha de pagamento dos trabalhadores.

A mesma denúncia já havia sido feita pelo Sintracomos, em 29 de outubro, à gerência regional do ministério do trabalho e emprego (MTE), em Santos.  Segundo o presidente do Sintracomos, Macaé Marcos Braz de Oliveira, Macaé, a Codesavi deve ao sindicato R$ 1 milhão, 252 mil e 214, por quatro meses de pagamento do plano de saúde.  A entidade pagou as mensalidades para garantir o atendimento dos trabalhadores: “A empresa não resolve o problema, demonstrando total desinteresse com a saúde do empregado e seus familiares”, reclama ele.

Sem atendimento

O sindicalista explicou o MTE e ao MPT que os empregados e seus familiares, algo em torno de 2.500 pessoas, estão agora sem cobertura do plano.  A companhia deve à Santa Casa, operadora do plano, R$ 450 mil. Ao plano odontológico, a Codesavi deixou de repassar R$ 142.166. À empresa Allcred deve R$ 157 mil, por empréstimos consignados. Em mesa-redonda anterior, na quarta-feira da semana retrasada (21), o sindicato já havia apresentado o problema ao auditor fiscal e gerente do MTE, Gionei Gomes da Silva. Atualização   Joca Diniz – MTb   66. 112/SP  -  Texto  Paulo Passos MTb 12.646 SP. Foto Vespasiano Rocha MTb 66.962/SP.