Terceirizado da Usiminas pega 8% no salário e 37% na cesta

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25 de agosto de 2014

 

Por meio de comunicação pessoal e consecutiva com os trabalhadores e os representantes das 15 empreiteiras que prestam serviços à Usiminas Cubatão, o presidente do Sintracomos, Macaé Marcos Braz de Oliveira, conseguiu, na manhã desta segunda-feira (25), fechar acordo para a data-base de agosto.  A assembleia do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial, na portaria da siderúrgica, começou às 8 horas. Logo após a categoria rejeitar proposta conciliatória do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP), feita na semana passada, Macaé apresentou uma sugestão intermediária com a reivindicação original.  Como os trabalhadores aceitaram, o sindicalista desceu do caminhão de som e foi até o salão de reuniões da Usiminas, onde o aguardavam os representantes das empreiteiras, que prontamente aceitaram a nova proposta. Evitaram, dessa forma, uma greve dos 8 mil trabalhadores, por tempo indeterminado.  A categoria terá correção salarial de 8%, diante da inflação de 6,23% em 12 meses. A participação nos lucros ou resultados passa de R$ 981 para R$ 1.100, com reajuste de quase 12%.  A cesta-básica integral vai de R$ 109 para R$ 150, com reajuste de 37% e agora não mais dependente do número de faltas do empregado.  A sugestão do TRT era de 7,93% sobre o salário e a ‘plr’, que passaria de R$ 900 para R$ 972, com cesta-básica de R$ 120. Em assembleia na quinta-feira da semana retrasada (14), os trabalhadores rejeitaram contraproposta das empreiteiras, apresentada dois dias antes, e aprovaram a greve por tempo indeterminado.  Na negociação do dia 12, elas haviam oferecido correção salarial de 7,23%, na data-base de agosto, extensiva à cesta básica, mais participação nos lucros ou resultados (plr) de R$ 1.040.  A assembleia insistiu na correção salarial de 10%, ‘plr’ de 1,3 salário e cesta-básica de R$ 300, aprovadas na semana retrasada, quando decretou o ‘estado de greve’.  A data de início da greve foi comunicada às empresas na segunda-feira (18), pois na sexta (15) foi feriado em Cubatão. Pela lei de greve (7783-1989), a paralisação poderia ter começado na sexta-feira (22).  A assembleia acatou a sugestão do presidente do sindicato, de começar a greve nesta semana: “Isso aumentou a chance de um acordo negociado, evitando o movimento”, diz Macaé.  Texto Paulo Passos. Foto Vespasiano Rocha.  Atualização Joca Diniz.