Demitidos de terceirizada da Vopak continuam sem receber verbas rescisórias

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9 de junho de 2015

 

Os 78 demitidos da empreiteira Vetor L. Mathias, que presta serviços à Vopak do Brasil SA, no bairro Alemôa, em Santos, receberão apenas a quarta parte das verbas rescisórias. “Isso por enquanto”, adverte o vice-presidente do sindicato dos trabalhadores na construção civil, montagem e manutenção industrial (Sintracomos), Luiz Carlos de Andrade. “Vamos buscar o total de R$ 1 milhão e 185 mil por meio de pressão sindical, fazendo seguidos atos públicos na porta da empresa, ou, em último caso, na justiça do trabalho”, diz o sindicalista. Luiz Carlos participou, na manhã desta segunda-feira (8), de mesa-redonda no escritório do ministério do trabalho e emprego (MTE), em Santos, de onde saiu “decepcionado”. “A desfaçatez da ‘gata’ e da empresa principal são revoltantes”, reclama o dirigente sindical. “A primeira diz que não paga aos trabalhadores porque a segunda lhe deve. Mas esta nega”. Na reunião, o representante da empreiteira comprometeu-se a pagar R$ 275 mil ao pessoal, dispensado após 15 de maio, quando a Vopak revogou o contrato com a Vetor. O sindicalista ficou “mais indignado ainda” ao saber que a empreiteira teria obrigado os trabalhadores a assinarem documento abrindo mão da multa de 40% do fundo de garantia por tempo de serviços (fgts). A multa, conforme a legislação, é devida aos empregados demitidos sem justa causa: “Não aceitamos o calote em hipótese alguma. Nosso departamento jurídico já toma as providências cabíveis”. Nesta quarta e quinta-feira (10 e 11), os trabalhadores irão à sede do sindicato, na Rua Júlio Conceição, 102, Vila Mathias, para homologar, com ressalvas, as rescisões contratuais.  A Vopak Brasil SA, fundada em 1974, intitula-se uma das maiores operadoras de terminais de líquidos e liquefeitos, com receita anual de R$ 100 milhões.  A Vetor, por sua vez, alega, em seu site, dominar o segmento de fabricação e montagem de tanques. A primeira diz que a segunda não cumpriu prazos para construção de quatro tanques. O presidente do sindicato, Macaé Marcos Braz de Oliveira, diz que a Vopak é responsável solidária e deve pagar os direitos trabalhistas, conforme o artigo 455 da consolidação das leis do trabalho (clt). O Sintracomos fez assembleia com os operários, em 1º de junho, na porta da empresa, na Avenida Vereador Alfredo das Neves, 1055, fone 3295-1000. Atualização Joca Diniz. Texto Paulo Passos. Foto Vespasiano Rocha.