Continua greve de terceirizados na Usiminas

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10 de setembro de 2015

 

 

 

Continuam em greve os 3 mil operários das 18 empreiteiras que prestam serviços de montagem e manutenção industrial à Usiminas Cubatão. A paralisação começou em 19 de agosto e aguarda agenda de julgamento pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP). Em assembleia do sindicato dos trabalhadores na construção civil (Sintracomos), na manhã desta quinta-feira (10), na portaria da siderúrgica, a categoria aprovou a continuidade do movimento. A próxima assembleia será às 7 horas desta sexta (11). O presidente do sindicato, Macaé Marcos Braz de Oliveira, diz que se as empresas oferecerem 10% nos salários, R$ 200 no tíquete alimentação, participação nos lucros ou resultados (plr) de R$ 1.100 e pagamento dos dias paralisados, a categoria encerra a greve. No começo da paralisação, os trabalhadores rejeitaram reajuste salarial de 8%, mas aceitaram a ‘plr’ de R$ 1.100 e vale-alimentação de R$ 200. Antes, as empreiteiras ofereciam 7,04% nos salários, nada de ‘plr’ e vale de R$ 180.

Emprego

‘Parada’ na RPBC traz  problema para Cubatão

O Sintracomos enfrentará grande problema, até dezembro, na montagem e manutenção de equipamentos na Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC Petrobrás). Trata-se da utilização de mão-de-obra de outras regiões paulistas e estados brasileiros, o que acaba gerando protestos por parte de trabalhadores residentes na baixada santista.  A cidade foi marcada por várias manifestações dessa natureza, nos últimos meses, inclusive com bloqueio da rodovia Domênico Rangoni e consequente reação da polícia militar.  “O nosso sindicato não se envolve nessas atividades paralelas, mas reconhece que seus militantes têm lá suas razões, pois é grande o número de desempregados na baixada”, diz o presidente Macaé Marcos Braz. O sindicalista tem uma explicação para as empreiteiras preferirem operários de outras regiões e estados. Segundo ele, as empresas querem se livrar de possíveis ações trabalhistas. Ele explica que, no caso de sentir-se lesado pelo patrão, o empregado tem que recorrer à justiça do trabalho da cidade onde se deu a prestação do serviço. No caso, Cubatão. “Assim”, elucida Macaé, “o companheiro, de volta à sua cidade de origem, terá que vir a Cubatão para protocolar a reclamação trabalhista. Como a maioria desiste, as empresas acabam se beneficiando”. A refinaria está, desde agosto, se organizando para a ‘parada’ de outubro a novembro, quando os equipamentos são desligados total ou parcialmente para consertos e manutenção. Por enquanto, estão envolvidos na ‘pré-parada’, cerca de 500 trabalhadores, mas o sindicato estima que, na ‘parada’, serão utilizados aproximadamente 3 mil. As principais empreiteiras envolvidas na operação são a Estrutural, G&E, Ideal, MCE e Walb. O sindicato reclama que os testes para admissão são bastante rigorosos e difíceis.  Atualização Joca Diniz MTb 66.112/SP. Texto Paulo Passos MTb 12.646 SP . Foto Vespasiano Rocha  MTb  66.962/SP.