Termaq propõe 11,40% no piso salarial e evita greve

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25 de maio de 2015

A empresa de terraplanagem, construção civil e escavações Termaq apresentou nova proposta salarial, de 11,40% nos pisos, na manhã desta segunda-feira (25), e evitou a greve de seus 350 empregados. Em assembleia no canteiro central da empresa, em Praia Grande, a categoria aceitou os pisos salariais e as demais cláusulas para o acordo coletivo na data-base de maio. O piso dos trabalhadores qualificados foi de R$ 1.489 para R$ 1.653,12. Na sexta-feira, a empresa havia oferecido R$ 1.615,92, mas, agora, chegou ao piso da construção civil. Os não qualificados, por sua vez, passaram de R$ 1.170 para R$ 1.270,33. Na sexta-feira, ela havia proposto R$ 1.241,59. No final de semana, o índice de correção era de 8,50%. Agora, é de 11,40%. Nesse meio tempo, a Termaq elevou sua proposta de vale-refeição de R$ 13,02 para R$ 13,50. A oferta do vale café-da-manhã também foi aumentada, passando de R$ 5,43 para R$ 5,50. A empresa melhorou ainda a proposta para a cesta-básica, elevando-a de R$ 75,95 para R$ 77. Antes de maio, o vale-refeição era de R$ 12, o vale café era de R$ 5 e a cesta, de R$ 70. Os reajustes foram de 11% a 12% Quanto à participação nos lucros ou resultados (plr), que a empresa alegava não ter condições de pagar, ficou acertado o valor de R$ 650, que será quitado em 10 de fevereiro e 10 de maio de 2016. A empresa oferece a possibilidade dos trabalhadores pegarem esse montante, já a partir de agora, em materiais de construção que ela tem em seu pátio, com areia, blocos, ferros e pisos, entre outros. A pendência fica em relação à ‘plr’ de 2014, de R$ 650, que deveria ter sido paga no começo de 2015. Nesse caso, a empresa apresentará uma proposta em breve, provavelmente em material de construção. Outra pendência está em relação ao plano odontológico, que a Termaq pagava integralmente, até maio, mas queria agora subsidiar apenas 20%, deixando os 80% restantes por conta dos empregados. Ela comprometeu-se, com o sindicato dos trabalhadores na construção civil, montagem e manutenção industrial (Sintracomos), a estudar um novo plano, sem onerar os                       trabalhadores. A empresa atua nas cidades da baixada santista e litoral, mas está concentrada na Praia Grande. A assembleia foi na Avenida Presidente Kennedy, 9.547, no bairro Balneário Flórida, naquela cidade. O presidente do sindicato, Macaé Marcos Braz de Oliveira, comemora o avanço das negociações: “Isso foi possível por causa da disposição de luta dos companheiros”. “Caso a empresa não apresentasse a nova proposta”, diz Macaé, “estaria agora totalmente paralisada. E, com certeza, ganharíamos a causa na Justiça do Trabalho. Foi, sem dúvida, uma vitória”. Atualização Joca Diniz. Texto Paulo Passos. Foto Vespasiano Rocha.