Sintracomos e empreiteiras da Usiminas voltam à mesa

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11 de agosto de 2014

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Sintracomos), Macaé Marcos Braz de Oliveira, conseguiu convencer as direções das 15 empreiteiras que prestam serviço à Usiminas a continuar negociando a campanha salarial de seus 8 mil operários. Às 14 horas desta terça-feira (12), as duas partes têm reunião, na sede do sindicato, em Santos, na tentativa de evitar a greve prevista para os próximos dias. Na quinta-feira (14), a categoria terá nova assembleia, às 18h30, ao ar livre, diante da subsede do Sintracomos, em Cubatão, para avaliar a negociações. Em assembleia na quarta-feira passada (6), os trabalhadores decretaram ‘estado de greve’, ou seja, a disposição de paralisar as atividades se as reivindicações, para a data-base de agosto, não forem atendidas. Agora, a categoria reivindica correção salarial de 10%, ‘plr’ de 1,3 salário e cesta-básica de R$ 300.  Antes da assembleia da semana passada, os operários queriam 13,2% de reajuste e aumento real. Mas baixaram para 10% diante da oferta de 6,6% das empresas para os salários, na ‘plr’ (participação nos lucros ou resultados) e na cesta básica. Macaé diz que isso demonstra a “flexibilidade” dos trabalhadores. “Mostramos aos empresários, de novo, que somos bons não só de luta sindical, mas também de diálogo. Mudamos a reivindicação salarial básica para reabrir os entendimentos. Na assembleia desta semana, véspera de feriado em Cubatão, vamos saber o que os patrões acharam da nossa transigência. E decidir o que fazer diante da resposta”. Apesar da assembleia passada ter sido convocada com base na lei de greve (7783-1989), Macaé propôs aos trabalhadores investirem nas negociações: “Poderíamos ter decretado a paralisação das atividades já para a semana seguinte”, diz o sindicalista, “mas achamos melhor aguardar o bom senso das empresas para evitar desgastes”. Ele pondera que, “se a campanha for ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), os juízes saberão que, em primeiro lugar, investimos seriamente nas negociações”. O sindicalista é contundente em seu discurso contra as condições salariais e de trabalho nas empreiteiras da siderúrgica: “É o único local onde ganhamos abaixo do piso da categoria”. Texto Paulo Passos. Foto Vespasiano Rocha. Atualização Joca Diniz.